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Operação da PF: Fraude no auxílio emergencial em Deodápolis é semelhante ao investigado em Nova Andradina
Dois jovens, de 20 anos, foram alvos da Operação Inescrupulosos
Da Redação
Esta semana a Polícia Federal de Dourados de flagrou a “Operação Inescrupulosos”, em Deodápolis, onde dois jovens, de 20 anos, foram alvos por fraudarem o auxílio emergencial de terceiros. O mesmo caso também está sendo investigado em Nova Andradina por duas servidoras do município.
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Em Deodápolis, segundo a Polícia Federal, as apurações demonstraram que os investigados criavam contas fraudulentamente em nome de terceiros no aplicativo “Caixa Tem” para, posteriormente, efetuarem o pagamento de boletos bancários cujos valores eram depositados em contas de titularidade dos próprios investigados.
Os presos gastavam o dinheiro recebido ilicitamente com narguilé, eletrodomésticos, bebidas alcoólicas e outras compras pela internet.
Conforme explicado pelos delegados Marcelo Guimarães Mascarenhas e Luis Henrique Corrêa da Silveira, durante coletiva de imprensa feita em Dourados, a partir de Deodápolis, os golpistas atuavam no país todo. "Eles faziam compras no Mercado Livre, shoppings, Magazine Luiza, Lojas Gazin, através do dinheiro conseguido com fraude no CPF de outras pessoas", explicaram.
Apesar da pouca idade, os delegados afirmam que os dois investigados "sabiam o que estavam fazendo". Em todo o Brasil foram registrados, apenas em 2020, 1,3 milhão de fraudes no benefício, concedido pelo Governo Federal. "O golpe envolve dinheiro público, dos brasileiros mais sofridos, que são os que precisam desse auxílio para contas como alimentação e remédio", afirma o delegado Luis Henrique.
Nova Andradina
Em Nova Andradina, duas servidoras A. A. S. e A.F. da S., estão sendo investigadas tanto pela Polícia Federal, quando pela Prefeitura Municipal que abriu PAD (Processo Administrativo Disciplinar), para apuração da subtração ou obtenção de dados dos usuários que solicitaram auxílio para se cadastrarem no aplicativo “Caixa Tem” ou informações do auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo Federal e depois os utilizaram para acessar a conta do auxílio emergencial daqueles usuários, ocasião em que efetuaram compras e pagaram boletos sem a devida autorização.
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Segundo o PAD, durante o processo de apuração, a Polícia Federal por meio do Delegado de Polícia Federal Chang Fan, enviou a Prefeitura, relatório que contém duas transações contestadas no dia 13 de outubro de 2020 no valor de R$ 600 e no dia 30 de setembro do ano passado no valor de R$ 1.045, que figura como beneficiada a servidora A. F. da S..
Também há três transações contestadas nos dias 9 de outubro no valor de R$ 600, dia 28 de agosto no valor de R$ 586,15 e no dia 21 de setembro no valor de R$ 600, todos do ano passado que figura como pagadora beneficiada a servidora A. A. S..
Além das transações acima citadas, também foi contestada outra realizada no cartão de débito no dia 28 de outubro de 2020 no valor de R$ 6 mil.
O PAD ainda está em apuração na Prefeitura Municipal, bem como a investigação está em curso na Polícia Federal, que remeteu parecer ao MPE (Ministério Público Estadual).
Relevante ressaltar que as ações de combate às fraudes ao Auxílio Emergencial fazem parte de uma Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial que congrega a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, TCU e CGU.
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